Poseidon: O rei dos mares

        Poseidon (ou Netuno) filho de Saturno e de Réia, era irmão de Zeus e de Plutão. Logo que nasceu, Réia o escondeu em um aprisco da Arcádia, e fez Saturno acreditar ter ela dado à luz a um potro que lhe deu para devorar. Na partilha que os três irmãos fizeram do Universo ele teve por quinhão o mar, as ilhas, e todas as ribeiras.
        Quando Zeus, seu irmão, a quem sempre serviu com toda a fidelidade, venceu os Titãs, seus terríveis competidores, Poseidon encarcerou-os no Inferno, impedindo-os de tentar novas empresas. Ele os mantém por trás do recinto inexpugnável formado por suas ondas e rochedos.
        Poseidon governa o seu império com uma calma imperturbável. Do fundo do mar em que está sua tranquila morada, sabe tudo quanto se passa na superfície das ondas. Se por acaso os ventos impetuosos espalham inconsideradamente as vagas sobre as praias, causando injustos naufrágios.
Poseidon aparece, e com a sua nobre serenidade faz reentrar as águas no seu leito, abre canais através dos baixios, levanta com o tridente os navios presos nos rochedos ou encalhados nos bancos de areia, com apenas uma palavra, restabelece toda a desordem das tempestades.
        O deus do mar tinha sob a sua proteção os cavalos e os navegantes. Além das vítimas ordinárias e das libações em honra sua, os arúspices ofereciam-lhe particularmente o fel da vítima porque o amargor convinha às águas do mar.

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